quarta-feira, 3 de março de 2010

No mundo das máscaras

O rosto que escondes não me admira
Não me trás inveja ou vontade de tê-lo.
O rosto que escondes me dá medo
Incomoda-me e tira o sossego.
O rosto que escondes é a verdade sobre quem és
É o pedaço que lhe falta no rosto.
O rosto que escondes é a vergonha do que és
É o desejo de ser o personagem que representas.
O rosto que escondes é a máscara do seu eu
Da forma que não consegues aceitar.
O rosto que escondes é tudo o que desejas ser e não sabe
É teu eu perdido, aniquilado, seqüestrado.
O rosto que escondes te persegue nos teus sonhos
Porque não há ser que consiga se esconder de si mesmo.
O rosto que escondes seria sua vitória, se soubesses usá-lo
O rosto que escondes não sabe que tens vergonha dele.
O rosto que escondes sente-se sufocado com as máscaras que tu usas.
O rosto que escondes quer ser livre
Quer encontrar-se cara a cara com você
E te provar que pode ser muito mais do que acreditas que ele seja.
O rosto que escondes não tem culpa da sua vergonha e do seu medo
Ele merece a liberdade de ser você.
O rosto que escondes é tudo o que você não é, e não quer ser.
Deixe a máscara de lado e abra os olhos para a realidade que renuncias todos os dias.
Venha ser um ser de verdade, não um fantoche da sociedade.

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